Entrevistando o ex-vereador 'LIQUINHO'
Francisco das Chagas de Araújo, Liquinho, 53 anos, pai de três filhas, reside no Pau Brasil e foi vereador por nove meses. Inaugurando a seção ‘ENTREVISTANDO’, Liquinho fala da sua atuação como vereador, sugere, esclarece, opina e faz uma previsão crítica da situação política no Pau Brasil em 2009. Usaremos IFJ, para Informativo Força Jovem e L, para Liquinho.
Por Francicláudio Oliveira/Darlene Alves e Sandra Bezerra(extraído do Informativo Força Jovem)
IFJ: Como o senhor avalia seus nove meses de vereador?
L= Quando assumi, foi período político. Não foi fácil, mas dentro das dificuldades serviu para muita gente daqui. Eu gastava 800, 900, até mil reais em remédio para o povo que precisava e não tinha como comprar. Fiz um requerimento de um colégio e uma creche pra Rocinha que foi aprova-*do, mas cabe a comunidade cobrar. Outro, foi para que a prefeitura comprasse um terreno pra’s casas, pra não acontecer como agora, que veio uma casa pra uma mulher que tem quatro filhos e não tem terreno para construir(...). Outro requerimento pedia a construção de uma pracinha. Outro, foi pedindo duas paradas de ônibus pra Pau Brasil e duas pra Rocinha. Outro, foi a reconstrução de uma caixa d’água. Também pedi uma construção de uma sub-delegacia na divisa de Pau Brasil com Rocinha. O tempo foi curto, mas todos os meus requerimentos foram aprovados.
IFJ= O senhor consultava a comunidade para fazer seus requerimentos?
IFJ= O senhor consultava a comunidade para fazer seus requerimentos?
L= Não teve um que não consultasse, só não dava pra ser a comunidade toda. Perguntava aos ‘moto-táxi’ e andava nas casas das pessoas. Então não fiz nada só da minha cabeça.
IFJ=Quais os requerimentos foram, além de aprovados, executados?
L= Todos foram ouvidos, aprovados, bem aceitos e apoiados. Fiz um pedindo o calçamento da primeira rua do Bairro Novo(que cruza a BR 101 de encontro com a Casa de Farinha) que não havia sido calçada. Quando a prefeita recebeu o requerimento, imediatamente calçou a rua. Pr’aqui ficou difícil por-que eu só tive nove meses de mandato. A pre-feita não ia atender pedido da oposição naquele período, mas se reeleito, eu ia trabalhar de acordo com a prefeita pra que tudo fosse executado. Eu ia trabalhar junto com a prefeita, mas isso não quer dizer que ia votar nela.
IFJ= Pau Brasil não tem mais um vereador local. Como o senhor vê isso, após passar pela Câmara?
L= A situação vai continuar pra gente do mesmo jeito, sabe por quê? Porque quando eu estava lá defendendo o meu bairro, escutei vereador me dizer que parasse com a “besteira de resolver os problemas do Pau Brasil, porque com R$ 20 se resolve o problema em dia de eleição”.
IFJ=E o senhor vai se candidatar de novo?
L= Quem vai dizer é Deus, o tempo e o povo.
IFJ=O que levaria o senhor a não se candidatar novamente?
L= Rapaz, eu sou sincero a dizer que só sou candidato agora pra ganhar uma eleição, porque eu sei o que se precisa pra ganhar.(risos)
IFJ=Depois de saber como funcionam as coisas na Câmara, acha que o povo do Pau Brasil pode esperar algo de bom dos que lá estão?
L= Elegeram-se dois novos, mas o restante ‘já tá’ com 3 ou 4 mandatos. Então o povo não tem o que esperar, sabe por quê? Na época das eleições se olhava para ruas e era cheio de carros de políticos. Agora pode morrer um à míngua e não aparece ninguém pra saber como é que ta o povo(...).Tá dependendo do meu candidato a prefeito investir pra que eu possa ganhar uma eleição. Os votos, Deus prepara o povo.
IFJ=Está magoado com lideranças do seu partido ou eleitores?Faltou apoio?
L= Faltou dinheiro pra eu sustentar liderança. Não comprar votos, mas liderança trabalha com dinheiro. Não tenho raiva de ninguém, só tô dizendo que, se ‘eles’ quisessem, eu poderia ter ganho. Mas ‘eles’ diriam que pra dar a mim teriam que dar aos outros candidatos também.
IFJ=O senhor continua na oposição?
L= Continuo. Já ’tô brabo’ com essa história das casas, porque não aceito que um jovem solteiro receba uma casa, enquanto tem gente precisando muito mais e não é atendida.
IFJ=O que o senhor teria a dizer ao povo?
L= Estou disposto a continuar ajudando no que eu posso. Aquele que começa a boa obra tem que aperfeiçoar. Se começaram e resolveram desistir, eu não posso ter raiva do povo. Cada um tem o direito de votar em quem quer. Mas o meu interesse é ser candidato e ganhar, mas se ‘eu vê’ que não ganho, não saio candidato não! (risos)
Fonte: Informativo Força Jovem
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito mais notícias em apenas um click!