
Observem o diálogo:
- Por que me julgas tão mal? ( I )
- Porque tenho minhas razões. ( II )
- E não declaras por quê? ( III )
- Nem eu sei o porquê. ( IV )
Muito bem, você deve ter notado que, em cada exemplo, a palavra porque está escrita de forma diferente, não é mesmo? Ela está destacada e corresponde às formas por que, porque, por quê e porquê.
No exemplo I, por que é uma expressão composta pela preposição (por) e pelo pronome interrogativo (que). Equivalente a "por qual razão", "por qual motivo". Por isso, podemos fazer a substituição sem prejudicar o sentido da oração. Por qual motivo ou por qual razão me julgas tão mal? É usada no início de orações interrogativas.
Usamos também por que quando podemos substituir essa expressão por pelo(s) qual(is), pela(s) qual(is), como no exemplo: Não sei o motivo por que me julgas assim.
A forma porque é usada para respostas e é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, com. Também pode indicar finalidade, sendo esse uso pouco frequente na língua.
Ainda existem por quê e porquê. O 1º é usado antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências. Devido à posição na frase, o monossílabo que passa a ser tônico, devendo ser acentuado; o 2º equivale a um substantivo, significando causa, razão, motivo. Normalmente, surge acompanhado de um determinante: artigo ou pronome.
No diálogo acima, os travessões são usados para introduzirem as falas dos interlocutores.
POR ALEXANDRE SILVA FREIRE




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