A
edição do Blog Carlos Silva acaba de receber nota oficial assinada pela
ex-prefeita Norma Ferreira, dá a sua versão quanto a divida dos 25 milhões.
Segundo a ex-prefeita mais de 90% desta divida que afirmam ser se sua autoria
foi contraída em gestões anteriores a sua gestão, inclusive na administração do
atual que já foi ex-prefeito de São José. Confira
NOTA DE ESCLARECIMENTOS Á POPULAÇÃO DE SÃO JOSÉ DE
MIPIBU
Segundo o decreto, o motivo da
emergência seria a existência dessa dívida e dentre ela, a ausência de
pagamento dos salários dos professores pelo FUNDEB. Como medida administrativa, o
decreto suspendeu esses pagamentos por 90 dias, determinando que, em 15 dias,
cada secretário municipal deva apresentar um diagnóstico sobre a dívida,
inclusive apresentando justificativas para o pagamento. Ainda nesse mesmo ato,
a administração aproveitou para suspender a concessão de gratificações aos
salários dos servidores municipais, a concessão de diárias e a realização de
viagens ou deslocamentos à serviço.
Eu, como ex-prefeita e diretamente
afetada com as acusações veiculadas pela administração e pelos que a fazem
mesmo indiretamente, venho demonstrar os fatos a seguir, quando os nossos
conterrâneos verificarão que o ato administrativo baixado pelo Prefeito
objetiva denegrir a imagem dessa ex-gestora, além de já tentar justificar à
população local as iniciativas de governo que, certamente, deixarão de ser
tomadas em prol da comunidade nos próximos meses.
Primeiramente, em relação aos
salários dos professores, é importante informar que ao longo dos últimos quatro
anos, o Município alocou para pagamento dessas despesas o montante de
aproximadamente R$ 2.000.000,00 com recursos próprios, já que a arrecadação do
Fundeb, há tempos, não permitia o pagamento desses
salários sem que recorrêssemos, com muita constância, à utilização de outras
fontes próprias de recursos, como, por exemplo, o FPM.
Em dezembro de 2012, para pagamento
do 13º salário e o mês de dezembro de 2012, a Prefeitura necessitaria de R$
2.891.715,19, quando recebeu pelo Fundeb, apenas o valor de R$ 1.539.185,43,
destinando-o exclusivamente ao pagamento desses salários. Não é necessário
muito, para perceber que teríamos que alocar R$ 1.352.529,76 para quitar todas essas obrigações salariais, e que
se tratando do último mês do exercício e de governo, muitas outras obrigações
tinham que ser quitadas nas mais diversas áreas. Desta forma então, não foi possível alocar mais
recursos próprios para o cumprimento do pagamento dos professores relativo ao
mês de dezembro.
Já em relação à dívida, que segundo
o decreto nº 01/2013, apontou para um
total de R$ 25.000.000,00, venho esclarecer que 93,5% desse valor, ou seja,
mais de 90% da dívida, referem-se à dívida
a longo prazo, devendo ser quitada ao longo dos próximos 20 anos
aproximadamente, e que grande parte dela não foi criada ou concebida pela
administração “Norma Ferreira” e sim pelas que antecederam ao meu governo.
São credores dessa dívida o INSS, a
COSERN, os Precatórios Trabalhistas e o FGTS, que juntos somam R$
23.394.085,77, conforme demonstração a seguir:
Junto
ao INSS, criada a partir de 1988.
|
R$
20.638.406,09
|
Junto
ao FGTS, a partir de 1997 a 2004.
|
R$
104.856,06
|
Junto
aos precatórios trabalhistas, a partir de 2001 a 2004.
|
R$
365.607,57
|
Junto
a COSERN, a partir de 1997 a 2004.
|
R$
2.285.216,05
|
Total
|
R$ 23.394.085,77
|
Detalhando esse valor, verifica-se
que esses gastos foram contraídos ao longo dos últimos 20 anos, inclusive na
administração “Arlindo Dantas”, quando surgiram ou foram acrescidos valores significativos
dessas dívidas.
Por essa constatação, é injusto que
esse mesmo gestor, que provocou dívidas ao longo do seu mandato de 8 anos,
venha acusar o desequilíbrio financeiro apresentado pela minha administração, a
ponto de decretar estado de emergência por 90 dias.
Contrariamente à intenção da
administração “Arlindo Dantas” em denegrir a minha imagem como gestora pública,
é preciso esclarecer à população da nossa cidade, que durante os trabalhos de
transição dos governos Norma / Arlindo, os membros que integravam a minha
comissão de transição foram autorizados a demonstrar em detalhes, todos os
aspectos financeiros, orçamentários e patrimoniais do Município, quando por
mais de cinco reuniões, os membros que integravam essa comissão puderam
conhecer a situação da nossa cidade, não havendo qualquer questionamento sem
que houvesse o devido esclarecimento. Em suma, os trabalhos de transição na
nossa cidade foram, certamente, referência para uma boa e pacífica transição
entre os governos.
Isso prova que a minha administração
não temia o conhecimento da situação por quem quer que seja, e isso,
principalmente, por sabermos que o quadro apresentado foi de total equilíbrio
nas finanças municipais, permitindo concluir que os termos do decreto nº
01/2013 não retratam a real situação apresentada por nossa administração, como
também, concluir que esta situação é bem melhor do que a colocada pela grande
maioria dos Municípios do nosso Estado, que atravessam uma grande dificuldade
de ordem financeira, em decorrência, sobretudo, da queda registrada do FPM nos
últimos anos.
É nesse contexto que encerro esta Nota, demonstrando a
minha indignação à acusação que ora é refutada, e também com a certeza de que
os cidadãos da minha cidade devem renovar a certeza da lisura e da honestidade
que sempre adotei à frente da coisa pública.
Atenciosamente, Norma Ferreira.
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