Em encontro com chefes do Executivo municipal, presidente da República fez discurso de quase 50 minutos, em tom pré-eleitoral, e exaltou parcerias.
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A presidente da República Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira, durante 2º Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas, em Brasília, a liberação de 66,8 bilhões de reais para áreas como educação, infraestrutura e saúde. Desse total, 35,5 bilhões de reais devem ser liberados em fevereiro. O restante depende da elaboração de novos projetos pelos municípios.
Em um discurso de quase 50 minutos, usando um tom pré-eleitoral, Dilma prometeu a construção de mais 1,1 milhão de moradias pelo programa Minha Casa, Minha Vida, além do 1,3 milhão anunciado no início do governo. Dos novos recursos, 3,6 bilhões de reais serão destinados a municípios com menos de 50.000 habitantes.
Dilma afirmou que o governo vai reabrir prazo para que os novos prefeitos se cadastrem no programa de construção de 6.000 creches. Uma das principais promessas da campanha da presidente, o projeto avança a passos lentos. Ainda na educação, Dilma anunciou a flexibilização das regras de outro projeto atrasado: a construção de quadras esportivas em escolas públicas. O plano beneficiava apenas escolas com mais de 500 alunos; este limite caiu para 100 estudantes.
O governo também disponibilizará 12 bilhões de reais para investimentos em saneamento e 5 bilhões de reais para pavimentação de ruas. Outra meta é construir 1.500 unidades de novos postos de saúde. O gasto total de 1,2 bilhão de reais com a saúde custeará também a compra de novos equipamentos.
Apesar do tom otimista, a presidente admitiu que muitos empreendimentos de seu governo não avançam no ritmo adequado: “Ainda há um grande número de obras atrasadas, paralisadas e outras que não foram iniciadas. Nós precisamos superar essa situação."
Tratando do programa Brasil Sem Miséria, Dilma afirmou que seu governo vai tirar 36 milhões de pessoas da pobreza extrema até 2014.
Ao encerrar o discurso, Dilma pediu que a União e os municípios trabalhem juntos. “A gente pode divergir em um processo eleitoral, os ânimos podem se acirrar. Mas depois que passa nós temos de trabalhar juntos. E isso significa que nos respeitamos e fomos eleitos para trabalhar por todos”, afirmou.
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