segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Eleições 2010 no Rio Grande do Norte é marcada por quebra de tabus e manutenção de outros

Bruno Barreto
Editor de Política
Fonte: Jornal O Mossoroense

A campanha de 2010 foi marcada pela quebra de alguns tabus históricos e pela manutenção de outros na política do Rio Grande do Norte.

O primeiro deles a ser quebrado: desde a eleição de Monsenhor Walfredo Gurgel, em 1966, que tinha base política no Seridó, que um político com berço eleitoral no interior do Estado não chega ao Governo do Estado através do voto popular. O segundo: desde a eleição de Dix-sept Rosado, em 1950, que um político com base eleitoral em Mossoró não chegava ao cargo mais importante do Estado. Vale lembrar que José Agripino (DEM) e Wilma de Faria (PSB) nasceram em Mossoró, mas nunca tiveram atuação política no município.

No último domingo Rosalba Ciarlini (DEM) se tornou a primeira mulher eleita governadora no primeiro turno. Em 2002 e 2006, a pioneira Wilma de Faria (PSB) precisou do segundo turno.
Eleito em 1986, Geraldo Melo tinha sido o último político a chegar ao Governo do Estado sem ter passado pela Prefeitura do Natal antes. Depois dele foram eleitos: José Agripino, prefeito da capital entre 1979 e 1982, Garibaldi Filho (PMDB), prefeito entre 1985 e 1989, e Wilma de Faria (PSB), que governou Natal por três vezes: 1989/1993, 1997/2001 e 2001/2002.

Dois limites históricos foram rompidos: Garibaldi se tornou o primeiro político do RN a ultrapassar a marca de um milhão de votos e Fátima Bezerra (PT) foi a primeira deputada federal a ultrapassar a barreira dos 200 mil votos.

Sobre Wilma ela obteve uma marca negativa: é a primeira ex-governadora a renunciar o cargo para disputar uma vaga para o Senado e sair derrotada nas urnas. Em consequência disso, pela primeira vez uma chapa majoritária completa, com duas cadeiras para o Senado em jogo, foi eleita no Estado desde a redemocratização.

Outros tabus estão mantidos. Um deles é que desde 1994 um vereador mossoroense não se elege para a Assembleia Legislativa. O último edil bem-sucedido foi Francisco José, na época do PFL. Em Natal, a situação é inversa. Foi mantida a tradição de pelo menos um vereador natalense alçar ao parlamento estadual. Em 2010, quem saiu vitorioso foi Hermano Morais (PMDB).

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