quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

NEM MESMO A EXONERAÇÃO DE ALUÍSIO DUTRA, LIVRA HENRIQUE DE SER ‘FRITADO’ PELA IMPRENSA NACIONAL.


A Folha de S. Paulo continua com as reportagens que apontam ex-assessor do deputado Henrique Alves como beneficiado com recursos de emendas parlamentares, através de uma construtora, a Bonnaci.

Na publicação de hoje, a Folha diz que auditoria “vê desvio em obras de ex-assessor de deputado”. A reportagem do jornalista Leandro Colon diz que a Controladoria Geral da União apontou problemas em 3 contratos de firmas com o auxiliar Aluisio Dutra.

“O trabalho apontou prejuízos totais de R$ 192 milhões em obras e levou à queda, em janeiro do ano passado, do diretor-geral do departamento, Elias Fernandes”, diz a reportagem da Folha, que ouviu a nova diretoria do Dnocs que disse ter notificado as Prefeituras de Alto do Rodrigues, Coronel Ezequiel e São João do Sabugi sobre as irregularidades apontadas pela investigação da CGU. Mas o que chamou atenção da Folha, na edição de hoje, foi a estrutura física da empreiteira que teria se beneficiado com recursos de emendas, não só de Henrique, mas de outros parlamentares.




CONFIRA
Vigiada por bode, casa sem identificação abriga empreiteira de ex-assessor.

Contratada com dinheiro federal para construir casas, praças, barragens, instalações sanitárias e pavimentar ruas, a Bonacci Engenharia tem seu endereço numa casa simples num bairro de classe média baixa em Natal. No local, não há nenhuma identificação de que ali deve funcionar a empreiteira que assinou contratos que somam pelo menos R$ 6 milhões com 20 prefeituras do Rio Grande do Norte, nos últimos cinco anos, por meio de convênios do governo federal. Um bode branco, apelidado de “Galeguinho” pelos vizinhos, ‘guarda’ a entrada do terreno baldio que cerca a casa de poucos cômodos.
Ali é a sede da empresa de Aluizio Dutra de Almeida, ex-assessor de confiança do gabinete do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), responsável pelo destino de parte do dinheiro recebido pela Bonacci.

Folhapress

Alguns contratos com verba federal obtidos pela Bonacci estão, oficialmente, em execução. Mas não há funcionários nem sinal de que algo funciona no endereço oficial da empresa. Os vizinhos desconhecem a empreiteira.

Folha tocou a campainha na tarde de segunda-feira. Um homem, que se identificou como Francinaldo, abriu a porta. Na sala, só ele, uma mesa e um computador. “Aqui é a Bonacci?”, perguntou a reportagem. “Sim, é aqui”, respondeu.

Ele não sabia onde estava Aluizio Dutra nem o outro sócio, Fernando Leitão, irmão de Hermano Moraes, vice-presidente do PMDB local e candidato derrotado à Prefeitura de Natal em 2012. A candidatura foi lançada por Henrique Alves. Leitão nega que a Bonacci seja de “fachada”. Alega que a estrutura da sede é pequena porque terceiriza serviços, como contabilidade e arquitetura. Ele não soube informar quantos funcionários tem registrados. “Não sei de cabeça. Temos pessoal de rua fazendo orçamento.”

Sobre a sala de entrada praticamente vazia, disse que houve uma infiltração na laje. Ele afirmou ainda que não há identificação externa da Bonacci no local por questões de segurança. (LEANDRO COLON)


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