Fred, destruidor, faz dois gols e Brasil atropela a Espanha no Maracanã (Foto: Reuters) |
Não tem
balança que defina o peso de uma camisa. Tradição não se mede
com uma régua, não se calcula com uma máquina. Mas existem Campeões, com letra
maiúscula, e campeões. Existem Seleções, com letra maiúscula, e seleções. E
existem pentacampeões. Com vitória de 3 a 0 no Maracanã, o Brasil mostrou ao
(ex?) melhor time do mundo que não é da noite para o dia que cinco estrelas vão
parar em um peito. Fred, destruidor, marcou duas vezes. Neymar fez o outro. O
Brasil é campeão da Copa das Confederações pela quarta vez. Campeão em uma
noite em que a torcida resumiu tudo ao gritar:
- Ôoooo, o
campeão voltou! O campeão voltou!
O
campeão voltou jogando um absurdo. David Luiz talvez tenha feito a melhor
partida da vida. Neymar foi infernal como poucos sabem ser. Hulk assinou seu
atestado de permanência no time. E Fred foi Fred, foi matador, foi aquele
sujeito que nasceu para vestir a 9.
Um
dia cairia a casa da Espanha, esse timaço que tanto, e a tantos, encantou nos
últimos anos. A Roja não perdia há 29 partidas - consideradas as oficiais. Pois
aconteceu justamente contra um adversário no qual eles mesmos se espelham,
contra a escola que, não por acaso, é chamada de “jogo bonito”. A Fúria, que
certamente seguirá forte na Copa de 2014, foi engolida em campo. Não é exagero:
foi um passeio, um baile, um chocolate. Uma vitória que a torcida novamente
soube resumir:
-
Oooooooooolé! Oooooooolé! Oooooooolé!
Do outro lado, porém, estava a Espanha. Aos poucos, a Fúria
começou a reagir. Voltou a ter mais posse de bola – uma tatuagem de seu
futebol. Deu sinais de que poderia empatar. Iniesta bateu de fora da área, e
Julio César espalmou. Pedro, livre pela direita, bateu cruzado após passe de
Mata, e David Luiz (enorme em campo) cortou quase em cima da linha.
A Espanha se acalmou, entrou no jogo, enfrentou o Brasil. Mas a
Seleção jamais deixou de buscar o segundo gol. Fred bateu cruzado, para
fora. Também tentou de cabeça, novamente fora do alvo. E recebeu livre, frente
a frente com Casillas, mas chutou em cima do goleiro.
Jogadores festejam em campo após o apito final (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com) |
Enquanto isso, Neymar era arisco, envolvente, agudo. Participava
dos ataques. Parecia bufar em busca de um gol. E conseguiu. Foi aos 44 minutos.
Ele pegou a bola pela esquerda, acionou Oscar e logo recebeu de volta. Nem
pensou: já emendou um chute seco, forte, no ângulo. Casillas vai passar o resto
da vida procurando a bola.
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